segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Trois Mondes


   
   Al é um jovem bem sucedido, ambicioso, filho de empregada doméstica, que, depois de anos de esforço como vendedor de carros vê-se promovido a sócio da empresa em que trabalha e prestes a se tornar genro do patrão, um cargo ainda melhor na concessionária de carros em que trabalha.  De outro, temos Vera, imigrante moldava, casada com um também moldavo operário ilegal da construção civil, ambos levando uma vida clandestina, cheia de dificuldades financeiras. E, no outro lado deste triângulo, temos Juliette, estudante de medicina, grávida, pertencente à classe média alta francesa.

   Os três levam vidas paralelas até o dia em que Al, vindo de uma farra em que comemorava com os amigos sua ascensão social, atropela um transeunte e, impulsionado por dois amigos de infância que estavam com ele ao carro, não presta socorro a vitima e foge sem dar socorro. A vítima era o marido de Vera. Fato que passaria despercebido não fosse à presença de Juliette no alto de sua janela. A moça, estudante de medicina, ao perceber que o carro-algoz havia desaparecido, desce em socorro à vítima.

   A partir daí, Juliette, por amor à futura profissão ou por pura solidariedade, vai se envolver cada vez mais com este acidente, aproximando-se da vítima e do culpado, até o ponto de ela própria se meter em uma grande enrascada. Isso porque, ao desvendar a identidade do motorista fugitivo, ela descobre também um homem de bom coração e não um canalha, como havia imaginado. Um homem fraco, sem dúvida, totalmente estraçalhado por sua própria atitude e por sua falta de coragem de assumir o crime.


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