Al é um jovem bem
sucedido, ambicioso, filho de empregada doméstica, que, depois de anos de
esforço como vendedor de carros vê-se promovido a sócio da empresa em que
trabalha e prestes a se tornar genro do patrão, um cargo ainda melhor na concessionária de carros em que
trabalha. De outro, temos Vera, imigrante moldava, casada com um
também moldavo operário ilegal da construção civil, ambos levando uma vida
clandestina, cheia de dificuldades financeiras. E, no outro lado deste
triângulo, temos Juliette, estudante de medicina, grávida, pertencente à classe
média alta francesa.
Os três levam vidas
paralelas até o dia em que Al, vindo de uma farra em que comemorava com os
amigos sua ascensão social, atropela um transeunte e, impulsionado por dois amigos de infância que estavam com ele
ao carro, não presta socorro a vitima e foge sem dar socorro. A vítima
era o marido de Vera. Fato que passaria despercebido não fosse à presença de
Juliette no alto de sua janela. A moça, estudante de medicina, ao perceber que
o carro-algoz havia desaparecido, desce em socorro à vítima.
A partir daí, Juliette,
por amor à futura profissão ou por pura solidariedade, vai se envolver cada vez
mais com este acidente, aproximando-se da vítima e do culpado, até o ponto de
ela própria se meter em uma grande enrascada. Isso porque, ao desvendar a
identidade do motorista fugitivo, ela descobre também um homem de bom coração e
não um canalha, como havia imaginado. Um homem fraco, sem dúvida, totalmente
estraçalhado por sua própria atitude e por sua falta de coragem de assumir o
crime.
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